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segunda-feira, 5 de março de 2012

1000% e o fim do fim

Foi anunciado hoje um verdadeiro ataque à Europa tal como a conhecemos nos dias de hoje.
Os juros de dívida grega a um ano ultrapassaram os 1000%. Em termos leigos, isto significa que por cada euro pedido a Grécia tem de pagar 100!!!!

Já muitos (demasiados para quem "governa") sabem que a única solução viável para a Grécia (e não só) é sair da moeda única. O regresso ao Dracma é cada vez mais uma realidade e já não deve faltar muito, para os restantes países europeus, através dos seus representantes nacionais, expulsarem a Grécia, com receio do afundar do barco europeu. É um projecto falhado, que não oferece nenhumas garantias mínimas de sucesso ou resolução de problemas. O topo da pirâmide, com o inqualificável Durão Barroso à cabeça, continua a fazer ouvidos de mercador à realidade. Segundo as últimas estatísticas, cerca de 15% da população europeia está sem emprego o que corresponde a um aumento de cerca de 8 pontos percentuais em relação há dez anos atrás. Desemprego gera desigualdade e desigualdade gera mais desemprego...

É o tudo ou nada para esta Europa, e parece-me que entrámos numa corrida contra o tempo por parte do topo da pirâmide. Os recentes tratados assinados (com o famosos tratado de Lisboa em destaque) apontam para um estado federal europeu, governado a partir de Bruxelas/Estrasburgo. Impondo politicas comuns a todos, uniformizando as leis e os papéis que cada país deve ter, caminharemos para um estado único.

No entanto, já não devem ir a tempo de o concluir, pois Grécia, Portugal ou mesmo a Espanha não vão resistir o tempo suficiente. A noticia de hoje, é mais um sério aviso à navegação: A Grécia está falida e em bancarrota. Para quê adiar o inevitável? Parece-me inacreditável alguém sequer pensar que a criação de mais divida grega é a solução para o problema grego. Mas o facto, é que esse é o rumo escolhido e teremos todos de sofrer as consequências disso.

O fim da Europa segue dentro de momentos...

PS: Enquanto isso os nossos "amigos" da Goldman Sachs temem os processos eleitorais de 2012. Podem ler aqui: http://economico.sapo.pt/noticias/calendario-eleitoral-mundial-e-um-risco-para-os-mercados_139595.html
Temem que não haja mais bailouts?

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